Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Dengue, um fator de risco para sequestro esplênico na doença falciforme?

Varandas, P.A.W.; Varella, C.P.; Giffoni, M.; Silva, R.A.S.; Silva, M.S.C.

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p78, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: A doença falciforme tem maior morbidade e complicações na infância, sendo o sequestro esplênico um índice de mortalidade de 12% no primeiro episódio e 20% no segundo episódio. As infecções virais podem precedê-las.
OBJETIVO: Relatar um caso de sequestro grave associado à dengue.
MATERIAL E MÉTODO: V.G.A, 2 anos e 4 meses, portadora de doença falciforme (Sß-tal), internada com quadro de febre há 2 dias. Encontrava-se em regular estado geral, hipocorada (2+/4+), hidratada, ACV: BNF. RR2T. SS (2+/6+) em BEE. Abdome: Fígado a 1.5cm do RCD e baço a 2.0cm do RCE. Iniciado antibioticoterapia e hidratação venosa. Radiografia de tórax normal, hemograma evidenciando leucopenia, plaquetopenia e hematócrito 30%. Coletados hemocultura, urinocultura e sorologia para Dengue. No sexto dia (1º dia sem febre) apresentou vômitos, dor abdominal, prostração, palidez cutaneomucosa acentuada, hipotensão, taquicardia e esplenomegalia com baço a 6.5 cm do RCE e fígado a 3.0 cm do RCD. Novo hemograma apresentava HT=10%; Hg=3.3 g/dl; 49.000 leucócitos; 8% bastões; 26% segmentados; 51% linfócitos; 89.000 plaquetas e 32.8% de reticulócitos. Diagnosticado sequestro esplênico sendo instituído hemotransfusão, expansão volêmica e tratamento de suporte. Criança evoluiu com estabilidade hemodinâmica e redução do baço. Sorologia para dengue IGM positiva.
RESULTADOS: Há relato na literatura, da associação deste vírus com a doença falciforme e suas formas graves, como síndrome do choque da dengue, um quadro grave com alto índice de mortalidade. Não encontramos relatos do vírus da dengue como desencadeador do seqüestro esplênico.
CONCLUSÃO É relevante o diagnóstico precoce da dengue, nos portadores de doença falciforme, por ser um fator de risco para a síndrome do choque da dengue ou para o sequestro esplênico. Nestes pacientes, devemos valorizar todas as infecções, bacterianas ou virais, e ficarmos atentos às complicações, que podem ser letais.

 

Responsável
MARCELA GOMES FREIRES


Palavras-chave:

Eritema nodoso como primeira manifestação da hanseníase

Geisel, N.R.; Oliveira, T.A.; Vitor, J.M.G.; Silva, R.A.S.; Silva, C.T.F.; Silva, M.A.G.; Soffe, BAC; Natasha Geisel Pimenta

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p90, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: Eritema nodoso (EN) é uma paniculite septal caracterizada pelo aparecimento súbito de vários nódulos subcutâneos, inflamatórios, dolorosos e bilaterais, localizados, principalmente, nas superfícies pré-tibiais, podendo acometer também outras localizações. Sua etiologia é variável, podendo ser de causa idiopática, infecciosa e não infecciosa.
OBJETIVO: Alertar os profissionais a pensarem na hanseníase como uma provável causa de EN, já que a mesma é uma doença endêmica em países em desenvolvimento, como o Brasil
MATERIAL E MÉTODO: Escolar de 11 anos, sexo feminino, história de nódulos em membros inferiores há 2 semanas com acometimento posterior de membros superiores e face. Após uma semana, iniciou febre alta, dor em região pré-tibial, claudicação e artralgia. Na admissão, apresentava-se prostrada, com nódulos subcutâneos difusos, eritematosos e dolorosos à palpação (principalmente em extremidades), com algumas lesões em face, além de lesão hipocrômica em região pré-tibial à esquerda, sem alteração de sensibilidade. Diante da apresentação clínica, foi sugerido como diagnóstico EN. Para tentar elucidar a causa do EN foi realizada a biópsia de um dos nódulos que evidenciou "dermatite granulomatosa superficial e profunda, com linfócitos não epitelióides, vacuolados, apresentando frequentes micobactérias: hanseníase lepromatosa".
RESULTADOS: Eritema nodoso hansênico (ENH) é uma reação inflamatória aguda, sobreposta à evolução crônica e insidiosa da hanseníase, que ocorre em cerca de 25% dos casos lepromatosos, geralmente durante ou após o tratamento. No entanto, alguns casos têm sido relatados antes mesmo de iniciar o tratamento ou como a primeira manifestação clínica da doença, sendo essa forma pouco relatada na literatura científica.
CONCLUSÃO A ausência de lesões cutâneas sugestivas de hanseníase pode atrasar o diagnóstico e o tratamento específico da doença, o que torna a biópsia do nódulo imperativa para melhor elucidação da etiologia, quando não se tem uma causa claramente notória do EN.

 

Responsável
PRISCILLA AGUIAR DE ARAUJO


Palavras-chave: